Calimero
o gato que pinga
Com os gatos, assim como com as pessoas, há um pouco de tudo. Há os que foram favorecidos geneticamente pela Mãe Natureza tendo todo o tipo de vantagens na vida, e depois há os outros, cujas qualidades estão bem debaixo da superfície mas que não valem menos por isso. O Calimero pertence à segunda categoria: não é nenhum top model, nunca aparecerá na capa de um calendário (só se for no dos Gatos à Solta) e nunca é o primeiro gato a quem se dirigem os adoptantes quando vão visitar a gataria para adopção - mas é frequentemente o gato que mais festas recebe.
Será necessário contar a sua história para perceberem bem a figura curiosa deste gato. O Calimero foi retirado de um gatil de Lisboa onde deu entrada com o maxilar à banda e um sorriso torto mas honesto no focinho. Estava caquético de não comer, à beira da morte. Após inspecção veterinária descobriram que tinha a mandíbula fracturada, também tinha inúmeros chumbos enterrados na pele, soube-se mais tarde. Foi estabilizado, recuperou uns quilos, descobriram que era FIV+ e foi-nos pedido para o receber. Seguiu-se uma cirurgia para tentar corrigir o focinho à banda na esperança de ajudar o Calimero a comer um bocadinho mais facilmente. Os chumbinhos ficaram lá dentro: ele não se queixa e não faz tenção de passar em nenhum detector de metais brevemente.
É necessário dizer que durante este tempo todo o Calimero não se queixou uma única vez, nunca deixou de pedir festas ou de se roçar nas nossas pernas, mesmo quando andava com meio focinho preso por uns arames. E mesmo com um pinga pinga constante da boca (parecia um adolescente com um aparelho nos dentes) não havia quem resistisse a fazer-lhe uma festa assim que ele vinha pedir. E vinha, sempre. Vinha e encostava-se à nossa perna fazendo pressão até lhe darmos alguma atenção, até lhe passarmos a mão pela cabeça e pelo dorso.
E é assim, não vamos elogiar a fotogenia do Calimero porque não somos mentirosos, mas podemos jurar a pés juntos que tem uma personalidade maior do que o corpo, que parece ser uma pessoa dentro de um pequeno mamífero, e que gato mais bem disposto não se encontra na zona da Grande Lisboa e arredores.
Quer saber mais sobre o Calimero? Escreva-nos para [email protected]
Será necessário contar a sua história para perceberem bem a figura curiosa deste gato. O Calimero foi retirado de um gatil de Lisboa onde deu entrada com o maxilar à banda e um sorriso torto mas honesto no focinho. Estava caquético de não comer, à beira da morte. Após inspecção veterinária descobriram que tinha a mandíbula fracturada, também tinha inúmeros chumbos enterrados na pele, soube-se mais tarde. Foi estabilizado, recuperou uns quilos, descobriram que era FIV+ e foi-nos pedido para o receber. Seguiu-se uma cirurgia para tentar corrigir o focinho à banda na esperança de ajudar o Calimero a comer um bocadinho mais facilmente. Os chumbinhos ficaram lá dentro: ele não se queixa e não faz tenção de passar em nenhum detector de metais brevemente.
É necessário dizer que durante este tempo todo o Calimero não se queixou uma única vez, nunca deixou de pedir festas ou de se roçar nas nossas pernas, mesmo quando andava com meio focinho preso por uns arames. E mesmo com um pinga pinga constante da boca (parecia um adolescente com um aparelho nos dentes) não havia quem resistisse a fazer-lhe uma festa assim que ele vinha pedir. E vinha, sempre. Vinha e encostava-se à nossa perna fazendo pressão até lhe darmos alguma atenção, até lhe passarmos a mão pela cabeça e pelo dorso.
E é assim, não vamos elogiar a fotogenia do Calimero porque não somos mentirosos, mas podemos jurar a pés juntos que tem uma personalidade maior do que o corpo, que parece ser uma pessoa dentro de um pequeno mamífero, e que gato mais bem disposto não se encontra na zona da Grande Lisboa e arredores.
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