Sobre FIV e FeLV
Esta nota é uma resenha de informação científica sobre FIV e FeLV. São referidos os documentos originais, onde aplicável. Apenas o sexto princípio é uma declaração da nossa forma de actuar. O corolário é 'apenas' uma conclusão racional, dados os factos.
1. Os testes FIV e FeLV não devem ser feitos a gatos acabados de sair da rua
2. Os resultados dos testes FIV só são fiáveis a partir dos 6 meses
3. Os testes FeLV são fiáveis em qualquer idade e deve haver dois testes positivos para considerar que o gato é FeLV+
4. FIV e FeLV são vírus, não são doenças
5. Gatos FIV positivos podem viver com gatos FIV negativos.
6. Um gato doente, positivo a FIV ou a FeLV, pode e deve ser tratado
... e um corolário: um gato silvestre capturado numa campanha CED NÃO deve ser testado.
1. Os testes FIV e FeLV não devem ser feitos a gatos acabados de sair da rua
2. Os resultados dos testes FIV só são fiáveis a partir dos 6 meses
3. Os testes FeLV são fiáveis em qualquer idade e deve haver dois testes positivos para considerar que o gato é FeLV+
4. FIV e FeLV são vírus, não são doenças
5. Gatos FIV positivos podem viver com gatos FIV negativos.
6. Um gato doente, positivo a FIV ou a FeLV, pode e deve ser tratado
... e um corolário: um gato silvestre capturado numa campanha CED NÃO deve ser testado.
Primeiro princípio:
Os testes FIV e FeLV não devem ser feitos a gatos saudáveis acabados de sair da rua "Vamos fazer os testes FIV e FeLV." é a afirmação mais comum quando se leva um gato adulto pela primeira vez ao veterinário. "Nao, não vamos testar" é a resposta que damos. Um gato adulto saudável que foi retirado da rua há pouco tempo não deve ser testado. Porque o contágio pode ter sido recente e o teste ser inválido - o organismo pode combater com sucesso o vírus, o contágio pode ser recente e não ser detectado no teste. É aplicar mal recursos escassos e pode implicar decisões erradas. Não, não é o teste que falha, são as pessoas que falham quando decidem fazer testes e condições em que não devem ser feitos. Um gato que saiu recentemente da rua deve fazer uma quarentena, não deve conviver com outros gatos durante tempo suficiente para poder fazer os testes FIV/FeLV nas condições adequadas. Simples. Felizmente, os bons veterinários não fazem aquela afirmação. Quem sabe, sabe. |
Segundo princípio:
Os resultados dos testes FIV só são fiáveis a partir dos 6 meses Boas práticas a seguir para fazer os testes sem incorrer em custos desnecessários. Isolar antes de testar é sempre indicado quando o teste FIV é feito concomitantemente aos teste FeLV. Não o sendo, tendo já sido feito o isolamento para fazer o teste FeLV (no caso de gatos bebés, por exemplo), o isolamento para testar a FIV não é necessario. tradução, comentada por nós, de: http://www.catvets.com/public/PDFs/PracticeGuidelines/RetrovirusGLS-Summary.pdf |
Terceiro princípio:
Os testes FeLV são fiáveis em qualquer idade e deve haver dois testes positivos para considerar que o gato é FeLV+ Quando alguém lhe falar em anticorpos FeLV, duvide sem problemas dos conhecimentos científicos dessa pessoa. O teste FeLV pesquisa antigénios, não anticorpos. Assim, não é afectado por anticorpos da gata mãe, é por isso possível fazê-lo em qualquer momento a partir da nascença. No caso de situações de risco, vacina-se contra FeLV. Situações de risco são FAT, abrigos, locais onde podem conviver gatos de origem desconhecida. tradução, comentada por nós, de: http://www.catvets.com/public/PDFs/PracticeGuidelines/RetrovirusGLS-Summary.pdf |
Quarto princípio:
FIV e FeLV são vírus, NÃO são doenças
A infecção por um destes vírus não é uma doença. A existência do vírus pode implicar futuras doenças, muitas delas tratáveis da mesma maneira que se tratariam gatos negativos ao vírus.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3509668/
FIV e FeLV são vírus, NÃO são doenças
A infecção por um destes vírus não é uma doença. A existência do vírus pode implicar futuras doenças, muitas delas tratáveis da mesma maneira que se tratariam gatos negativos ao vírus.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3509668/
Quinto princípio:
Gatos FIV positivos podem viver com gatos FIV negativos O FIV não se transmite facilmente entre gatos e não se propaga por contactos pontuais. O FIV NÃO se transmite na partilha de comedouros, bebedouros ou tabuleiros de areia, nas lutas a brincar, em arranhadelas, na limpeza mútua, nem sequer por espirros. http://www.catster.com/lifestyle/cat-health-vet-study-fiv-positive-cats-living-together (adicionado Mar'16) http://www.lifewithcats.tv/2016/03/31/good-news-about-cats-living-with-fiv-for-everyone/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=facebook&utm_source=socialnetwork (adicionado Abr'16) |
Sexto princípio:
Um gato doente, positivo a FIV ou a FeLV, pode e deve ser tratado A 'eutanásia' de um gato doente apenas porque, concomitantemente, é positivo a um dos vírus, não é eutanásia, é abate. Não se deixe convencer pelas políticas de algumas associações de 'protecção' animal e de alguns veterinários, disfarçada de misericórdia, no primeiro caso, ou de 'conhecimento' científico, no segundo. |
... e um corolário
Sendo que só queremos saber se um gato é FIV ou FeLV positivo caso esteja para adopção ou vá viver numa casa com outros gatos, sendo que os testes só devem ser realizados depois de algumas semanas de isolamento, um gato silvestre capturado numa campanha CED NÃO deve ser testado. (acrescentado Mai'16) http://www.alleycat.org/page.aspx?pid=456 |